Teatro de rua “O casamento de Tabarim” atrai crianças e adultos ao largo da RFFSA, no Crato
Teatro de rua “O casamento de Tabarim” atrai crianças e adultos ao largo da RFFSA, no Crato

Seria uma tarde comum de passeio com o cachorro de estimação para a cabeleireira Elaine Silva não fosse um movimento diferente no meio da praça. Atraída pela curiosidade de seu cãozinho Michael, ela foi ao círculo de pessoas que emoldurava a história do casamento do personagem Tabarim, ali sendo encenada pelo grupo Dona Zefinha. O teatro de rua, com a peça “O casamento de Tabarim”, marcou o pôr do sol do dia 15, no largo da RFFSA, no Crato, em mais uma atividade da linguagem “Artes Cênicas”, da Mostra Sesc Cariri de Culturas 2015.

Com referências que mesclam a dramaturgia popular do casamento do palhaço – encenada nos circos que circulavam pelos interiores do Brasil – com a obra Fausto, de Goethe, a peça conta a história do astuto Tabarim, que decide casar-se com a filha do avarento Górgibus. No entanto, há um problema: o velho havia vendido a alma de sua filha, Angélica, ao diabo Méfisto. É nesse momento que Tabarim vai ter de enfrentar, com muita esperteza, o diabo para salvar a sua futura esposa. Encenado desde 2003, “O casamento de Tabarim” integra uma pesquisa do grupo Dona Zefinha acerca a linguagem de teatro de rua misturada com a música. “Aqui é teatro popular autêntico, o jogo do improviso, de brincar com o público, bem do teatro de rua nordestino mesmo”, explica Ângelo Márcio, integrante do grupo Dona Zefinha.

A estética de novela bufonesca encenada com trilha sonora de metais, percussão e instrumentos de corda atraiu o casal juazeirense Rafael Bezerra e Virgínia Lucas a irem ao Crato conferir o espetáculo. “Escolhemos quatro eventos para acompanhar na Mostra e essa peça foi um deles. Tenho atração pelo cômico e achei a peça de muita qualidade”, comentou Rafael. Para a cabeleireira Elaine Silva, a curiosidade do cãozinho Michael trouxe bons resultados. “Estava passando, vi, fiquei curiosa e resolvi acompanhar. Gostei muito. O Michael ficou prestando atenção igual a uma pessoa para a peça”, comenta.

 

Por Cristiane Pimentel

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