Espetáculo aborda os valores nas brincadeiras de criança
Espetáculo aborda os valores nas brincadeiras de criança

É no parquinho da praça, em meio às brincadeiras infantis, que valores éticos e morais das crianças podem ser percebidos, como mostra o espetáculo Jogos na Hora da Sesta, do Grupo Ninho de Teatro (Ce), apresentado na programação da 15ª Mostra Sesc Cariri de Culturas.


O mais novo trabalho do grupo, que tem sede no município do Crato,projeta nos personagens a ótica da criança, diante do comportamento dos adultos. “Enquanto os pais fazem a sesta, as crianças brincam e reproduzem, por exemplo, as relações de poder do homem sobre a mulher, do professor sobre o aluno, dos pais sobre os filhos”, explica o ator e produtor Edceu Barbosa.

Jogos na hora da sesta, Grupo Ninho de Teatro – Foto Nívia Uchôa.

Jogos na hora da sesta, Grupo Ninho de Teatro - Foto Nívia Uchôa.

No espetáculo, as brincadeiras e frases faz lembrarmo-nos da nossa infância, onde o mais forte dominava. Esses “fortões” que comandavam tudo e se fossem contrariados gritavam: “Se não quer brincar, saia. Fui eu que inventei”. Os preconceitos sociais também são repassados pelos pais sem que estes percebam, quem nunca ouviu: ”Minha mãe disse que eu não brincasse com fulano”?

Jogos na hora da sesta, Grupo Ninho de Teatro – Foto Nívia Uchôa.

Jogos na hora da sesta, Grupo Ninho de Teatro - Foto Nívia Uchôa.

Estas são algumas das reflexões que acompanham o espectador, que ao ser convidado para assistir ao espetáculo muito de perto, se encontra em vários momentos da produção cênica do Grupo Ninho de Teatro (Ce).

Jogos na hora da sesta, Grupo Ninho de Teatro – Foto Nívia Uchôa.

Jogos na hora da sesta, Grupo Ninho de Teatro - Foto Nívia Uchôa.

Para a estudante Ana Maria, que acompanhou a apresentação no dia 12 de novembro, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, o espetáculo traz reflexões sobre os medos da infância. “Vemos o quanto as crianças sofrem e até que ponto podem ser influenciadas pelos adultos e pelas outras crianças – a ponto de se machucarem”, reflete.

Por Jardeline Santos

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