No palco, trezes atores colocam em cena temáticas presentes no dia a dia. Em uma estrutura de encontro cênico que inclui música, circo, dança e teatro, o espetáculo Cidade Proibida, da Companhia Rústica de Teatro (RS), é inspirado em formas de convívio como saraus, serenatas, cabarés artísticos e ceias noturnas.
Na tentativa de achar uma resposta para o questionamento “De quem é a cidade?”, o enredo expõe fatos comuns, como violência, corrupção, desrespeito, injustiça, preconceito e conscientização ambiental. A montagem tem como tema e cenário a cidade. Cada intervenção reúne números individuais e coletivos dos artistas envolvidos.
A diretora, Patrícia Fagundes, explica que a proposta é abordar os conflitos e encontros onde as pessoas convivem. “Geralmente levamos a montagem a praças e espaços públicos no período noturno, lugares desabitados por conta da violência. Então nos encontramos e fazemos a festa”.
Para o músico João do Crato são tema que tocam as pessoas de alguma forma. “Alienação, fatores ambientais, desunião, consumismo exagerado são temáticas que mexem com o ser humano, instigam as pessoas e provocam uma reflexão”.
De folga do trabalho, o policial civil, Hermes Lima Verde, acompanhou de perto o espetáculo. “Achei muito interessante porque eles trouxeram os temas para a praça, são assuntos do cotidiano colocados no lugar certo e na hora certa. Os transtornos da cidade atual como falta de humanidade e respeito são trabalhados em sincronia com a música e dança”, declara.
O espetáculo foi encenado na Praça da RFFSA, na noite da terça-feira (17), como parte da programação da 17ª Mostra Sesc Cariri de Culturas, realizada de 13 a 17 de novembro na região do Cariri e cidades circunvizinhas.
Por Lina Galvão