Duas gerações de Rock
Duas gerações de Rock

O palco da Mostra Sesc Cariri de Culturas  aproximou os músicos da banda Algarobas

Em 2009, o músico Daniel Batata participava da Mostra Sesc Cariri de Culturas, tocando percussão na Banda Dr. Raiz. A banda caririense trazia a influência do Movimento Mangue Beat e fazia rock com a marca da cultura regional, inserindo o som dos reisados, das bandas cabaçais, cantorias e benditos. Um show memorável para José Ribamar  Cardoso Junior, que na época tinha 14 anos e assistia a apresentação na plateia com inquietação de aprender música e um dia subir ao palco.

Quando Junior (terceiro da esq para direita) viu um show da Mostra pela primeira vez, o músico Daniel Batatas (último à direita) estava no palco. Hoje os dois tocam juntos na Banda Algarobas

Anos depois, os caminhos se cruzam, Daniel e Junior se tornam amigos e neste ano vão tocar juntos dia 16 de novembro, em Juazeiro do Norte, na 20ª edição da Mostra. Eles fazem parte da Banda Algarobas, que lança seu primeiro álbum “José”, mesclando os estilos de rock eletrônico, progressivo, post rock e grunge.

Os músicos são de gerações diferentes, Daniel começou a participar da Mostra no início e, já na segunda edição, no ano 2000, tocou com expoentes do rock nacional como a banda o Cordel do Fogo Encantado. “Acompanho a mostra desde a primeira, trabalhei como voluntário e anos depois também fazia trabalhos de produção e direção de palco”, diz o músico. Junior começou a trilhar o caminho da música em 2010, época em que via os músicos que admirava, circulando pela cidade durante o evento do Sesc, como no dia em que encontrou o vocalista da Banda Eddie em um dos bares de Juazeiro do Norte. “Era um sonho, sempre me vi tocando no palco do Sesc e me influenciou ver artistas que sempre gostei de forma tão próxima”.

Algarobas existe há cinco anos, é uma banda autoral que está buscando espaço no cenário musical do Cariri.  Participar da Mostra com estrutura de som e iluminação impulsiona a profissionalização dos grupos, afirma Junior, “O público vê a banda tocando nesse naipe, isso valoriza o artista local”, diz ele.

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